Minha poesia não quer se impor
Não almeja ser bonita
Não deseja ser grande
Não espera elogios
Não sonha com aplausos
Não anseia alegrias
Minha poesia é um sangramento na alma
Que flui torrencialmente
Minha poesia é o dissabor
É a dor
Minha poesia é a queimadura profunda na derme
Minha poesia não quer ser dinâmica nem inerte
Ela chora
Ela grita
Ela canta
Canções tristes em noites turvas de inverno.